Bioengenharia de Solos é um conjunto técnicas de Engenharia Natural usadas para estabilizar encostas combinando elementos inertes como estacas, travas, etc com elementos vivos, tais como mudas, capim, árvores.
Por isso, as técnicas de bioengenharia de solos são utilizadas para estabilizar encostas, taludes de corte e aterro em rodovias, orlas destruídas, margens de rios, aterros sanitários, voçorocas, entre outros.
O que é bioengenharia de solos?
A bioengenharia de solos é uma combinação de técnicas e metodologias que se utilizam da infraestrutura verde e de elementos inertes combinados para criar uma estrutura capaz de cumprir uma função de engenharia.
Em particular, usa-se muito a bioengenharia de solos para prevenir a formação de voçorocas. Atinge-se isso ao estabilizar as encostas, impedindo desgaste ainda maioris. Além disso, essa técnica ajuda a incrementar a drenagem do solo e a melhorar aspectos paisagísticos.
Atualmente, existem dois principais tipos de técnicas de bioengenharia de solos: métodos vegetativos e métodos germinativos. Os métodos vegetativos aplicam estacas, feixes e esteiras, entre outros para estabilizar o solo. Já os métodos germinativos, como o nome indica, buscam gerar condições favoráveis para a germinação de sementes.
Nesse sentido, escolhe-se os materiais inertes (estacas de madeira, grampos, pedras, restos culturais, etc) com base nas características técnicas, custo e disponibilidade na região onde projeto está sendo conduzido.
Similarmente, selecionam-se os materiais vivos conforme aptidão ao bioma e legislação local. Esse ponto é particularmente importante no caso do uso de espécies exóticas, como o em questão e seguir as recomendações da legislação local, especialmente no caso de espécies exóticas à flora local
Quais os benefícios da bioengenharia de solos?
A bioengenharia de solos é uma técnica milenar de estabilização de solos e recuperação de áreas degradadas. Existem registros de diversos tipos de técnicas de bioengenharia sendo usados na Antiguidade por civilizações como Chineses, Incas e Romanos.
Dessa forma, essas técnicas já tem sua eficiência comprovada. Por utilizar elementos e materiais abundantemente disponíveis no próprio local, projetos de bioengenharia de solos em geral têm a melhor relação benefício-custo em programas que visam proteger o solo.
Porém, a proteção superficial dos solos não é o único benefício promovido pela bioengenharia de solos. Existem também inúmeros outros para o ecossistema e comunidades locais, tais como:
- Proteção contra deslizamentos e desabamentos
- Absorção de ruído de de fábricas, pedreiras e minas
- Sequestro (captura e estocagem) de carbono atmosférico
- Redução de emissão de poeira em estradas de terra, minas e pedreiras
- Amenização dos efeitos das mudanças climáticas ao promover sombreamento e quebra-ventos
- Absorção de água de chuva que poderiam causar enchentes ou carregar lama que poderia invadir casas
Assim, é possível considerar a bioengenharia de solos também como parte de um programa de desenvolvimento sustentável, pois além de ser uma solução biológica, tem o potencial de agregar comunidades e gerar emprego e renda.
Portanto, podemos ver o quanto a a técnica ajuda em Programas de Recuperação de Áreas Degradadas, especialmente em áreas de risco como voçorocas.
Nestes casos, então, dependendo do tamanho, é importante combinar essa técnica com outras estratégias de geotecnia para promover a estabilização segura das encostas.
Quer saber mais sobre Programas de Recuperação de Áreas Degradadas? Leia nosso artigo sobre o tema.
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